A Ação de capacitação “Gestão Adaptativa do Pastoreio” decorreu nos dias 23 e 24 de março (na sede da ADPM) e nos dias 14 e 15 de abril (no CIPAS).
Sala cheia e muita vontade de aprender sobre como podeos adaptar-nos às alterações climáticas e recuperar a produtividade dos nossos solos em mais um workshop gratuito promovido pelo +SOLO +VIDA.
Preenchemos as 15 vagas disponíveis com a participação de agricultores parceiros inseridos no PNVG, bem como dos técnicos de entidades que prestam apoio aos produtores agropecuários, como a ACOS, a TREVO e a ADPM e de outros agricultores que desenvolvem a sua atividade na proximidade de Mértola e Serpa, as regiões incluídas neste projeto.
De cariz mais teórico, o 1.º módulo foi dedicado à Gestão Holística. Complementarmente, o 2.º módulo decorreu no campo, dando oportunidade aos participantes para aplicaram alguns dos conhecimentos adquiridos, tais como a planificação económica do pastoreio e o desenvolvimento de um sistema de planeamento e de tomada de decisão sobre a presença e permanência do gado na exploração.
Este modelo de gestão pecuária, iniciado por Allan Savory, tem sido difundido no sul da Península Ibérica como uma estratégia de combate à desertificação.
Com o foco na criação de valor para os produtores agropecuários, permite recuperar a vitalidade dos solos, bem como, a capacidade produtiva das pastagens, contribuindo para a retenção de CO2 no solo e para a redução da dependência de recursos externos.
A dar esta formação tivemos especialistas em Pastoreio Regenerativo e Maneio Holístico da associação ALEJAB-Manejo Holístico, em representação do núcleo ibérico Savory Institute. Saiba mais aqui.
> Testemunhos dos agricultores parceiros do +SOLO +VIDA
Partilhamos alguns dos depoimentos dos agricultores que participaram neste curso gratuito de disseminação de boas práticas agrosilvopecuárias, promovido pelo Programa Territorial +SOLO +VIDA:
“Estou curioso para ver como isto funciona na prática e como conseguimos aplicar este conhecimento na nossa exploração para ver os benefícios.”
“Faltava-me muita técnica e, agora, espero para o próximo ano conseguir confirmar as mudanças. Produzir pastos é dispendioso, mas usando os pastos que temos e criando pontos de água, como charcas, acho que conseguimos ter resultados.”
“Embora esteja no projeto há meia dúzia de meses, sinto que tenho outra receptividade para este tipo de soluções. Porque nós precisamos de mitigar [os impactos das alterações climáticas] e tornar as explorações mais resilientes. Temos de ser mais eficazes e conseguir chegar lá pelos nossos meios e ter o suporte das contas [a componente económica] para entender os resultados”.
Saiba mais aqui.